segunda-feira, 19 de setembro de 2016

FÉRIAS/SENTIDO INVERSO

… No dia seguinte eu não trabalhei à noite e fiquei na sala. Acomodei-me no sofá e liguei a televisão.
 A minha amiga veio sentar-se junto de mim e começou a falar:

SENTIDO INVERSO
III e ÚLTIMA PARTE

- Sabes o que significa o que surpreendeste ontem?
- Calculo que sim… Ou haverá outra explicação diferente daquilo que pensei?
- Não, o que pensaste está correcto. Eu sou lésbica, e não me envergonho…
- E porque haverias de te envergonhar? Se há algum motivo para te envergonhares é o não teres sido franca comigo, quando pensámos em alugar o apartamento e passarmos a viver juntas.
- Se soubesses que eu era lésbica não terias vindo viver comigo?
- Provavelmente isso não me faria mudar de ideias, viria viver contigo, sim, mas não teria feito figura de parva…
- Mas tu não fizeste figura de parva coisa nenhuma. Quando é que tal aconteceu?
- Olha, todas as vezes que recebeste amigas no teu quarto e eu não desconfiei de nada. Achas pouco?
Nesta altura ela agarrou a minha mão, meigamente, acariciando-a com um ar perfeitamente inocente.
Eu não vi nesse gesto qualquer segunda intenção, por isso não retirei a mão.  
A minha amiga disse:
- Perdoa-me. Acredita que não queria magoar-te. Eu gosto muito, muito, de ti. Há muito tempo, desde o primeiro ano da Faculdade, que eu sentia uma atracção enorme por ti. Mas nunca tive coragem para to dizer. O facto de sermos tão amigas ainda me intimidava mais.
À medida que falava ia se aproximando, e em breve estava a dar-me pequenos beijos no pescoço, entrecortado de curtas frases - “ Deixa-me fazer-te feliz”…
Senti um frémito de prazer percorrer-me o corpo. Fechei os olhos e imaginei-me nos braços dum príncipe encantado, acariciando-me ternamente.   
Perante a minha passividade, ela avançou a outra mão e começou a desabotoar-me os botões da blusa.


Abri repentinamente os olhos e “vi” que ao meu lado estava UMA princesa, não UM príncipe.
Com suavidade mas também com firmeza, retirei a mão que tinha sobre o meu peito e afastei-me dela. Segurando-a pelos ombros, olhos nos olhos, disse-lhe, claramente:
- Eu gosto muito de ti, tu sabes. Adoro-te! Mas entre nós nunca poderá existir nada para além de uma grande mas pura amizade.
- Pois aí é que está a questão. Tu vês-me como uma irmã, e qualquer envolvimento entre nós ia ter, para ti, o cariz de incesto.
Mas tu não imaginas como pode ser doce e ao mesmo tempo arrebatador o Amor entre mulheres. Aquela minha amiga que avistaste ontem é fantástica. Deixa-me apresentar-ta. Tenho a certeza que mudarás de ideias. Eu senti, ainda há pouco, que estavas a ter prazer…
- Sim, é verdade que por breves momentos fiquei excitada. Mas sabes porquê? Porque me imaginei nos braços de um homem.
Não, minha amiga, não quero que me apresentes ninguém. Eu sei que, definitivamente, gosto de homens, e serei incapaz de ter qualquer ligação íntima com uma mulher.
A minha amiga notou o tom firme em que falei. Não insistiu. Continuámos, e ainda somos, excelentes amigas.
Este incidente não me afectou minimamente. Talvez fizesse com que me viesse à memória, com maior frequência, o que aconteceu quando andava na escola.
Será que, se aquela experiência se tivesse consumado, eu hoje seria como a minha amiga? Gostaria só de mulheres, seria lésbica? Para esta pergunta não encontro resposta.
Eu e a minha colega ainda partilhámos o apartamento por dois ou três anos. Depois ela foi viver com outra amiga, com quem estabeleceu uma relação estável, que dura até hoje.
A nossa amizade não foi afectada com a separação. Continuamos grandes amigas. Respeito a sua opção de vida tal como ela respeita a minha.
Eu continuei com os estudos, acabei o curso, e fiquei a estagiar no escritório do meu “patrão”. Namorei muito, mas sem compromissos sérios.
Há dois anos, quando festejei os meus 35 anos, conheci alguém especial. Muito especial. Houve química entre nós. Iniciámos uma relação de Amor sem sobressaltos, com os seus momentos de paixão intensa, e sentimos que “fomos feitos um para o outro”. Estamos ambos convencidos de que acabaremos os nossos dias juntos.
Entretanto, alguns meses depois de o conhecer, uma noite sonhei que eu era homem. Nesse sonho a minha Mãe aparecia olhando-me com enlevo e orgulho, e de repente notei que estávamos vestidos de cerimónia: a minha Mãe com um vestido longo, e eu com um belo smoking. Ela segurava o meu braço, caminhando lentamente ao meu lado. Ao longe vislumbrei um vulto, que não identifiquei, de alguém usando um vestido de noiva, o que me causou um grande sobressalto. Era o meu casamento!
Acordei subitamente, impressionada com um sonho tão disparatado.
Durante o dia várias vezes o mesmo me veio à ideia. E pensava:
- Como será ser homem? Os homens serão assim tão diferentes das mulheres? Deveria eu ter nascido homem? Nesse caso eu gostaria, naturalmente, de mulheres…
Nessa mesma noite tomei uma decisão.
- Quero experimentar a sensação de ser homem!
Inscrevi-me numa rede social com um perfil masculino.
Como domino razoavelmente bem a técnica da imagem em computador “construí” uma foto dum homem jovem, muito charmoso, que causa um verdadeiro delírio especialmente entre as teenagers.


Todas as noites abro a minha página e respondo às inúmeras mensagens das minhas admiradoras, a cada dia aprimorando as minhas qualidades de figura masculina, contando histórias fantásticas que as põem ao rubro.
Sou um verdadeiro herói. Bem de vida, com uma profissão liberal, sem compromissos a não ser com o meu trabalho, uns 28 anos muito saudáveis e frequentes idas ao ginásio.
Trato todas com o mesmo carinho, sem preferência por nenhuma, de modo a não causar ciúmes. Um gentleman muito diplomático.
Mas o mais estranho é que faço isto com prazer, e sinto-me cada vez mais presa ao personagem que todas as noites encarno.
O facto de a maioria, se não a totalidade dos comentários e pedidos de amizade que recebo serem de mulheres, talvez explique o prazer que me dá representar o papel de homem.
De vez em quando faço auto-análise, como sempre fiz, não querendo nunca recorrer a psicólogos. E muitas vezes me pergunto se, no fundo, eu não sentirei um certo desprezo ou desgosto pelo facto de ser mulher, e se não faço isto como uma espécie de vingança. Porque, no fundo, o que estou a fazer, é enganar mulheres, jovens, na sua maioria – pelo menos assim se apresentam – ainda que apenas no campo virtual.
Quando estas dúvidas me assaltam fico muito desgostosa comigo mesma, e durante uns dias não abro a minha página. Mas… não resisto muito tempo, e acabo por voltar lá e começar tudo de novo. Nessa altura já as minhas admiradoras me encheram a página com lamúrias…

Entretanto… está nos meus planos constituir família com o meu actual namorado. Mas, antes, tenho que lhe contar este meu segredo. Se ele o entender… passaremos a viver juntos, teremos os nossos filhos, e seremos felizes para sempre. E abandonarei a página social, quanto mais não seja por falta de tempo, pois tenciono dedicar-me à família por completo, embora sem descurar a profissão…
O meu maior desejo é que a minha prole, em número ainda não definido, seja constituída apenas por meninas. Vou vingar-me cobrindo-as de laços, lacinhos e laçarotes, flores e passarinhos, e corações, atravessados ou não por setas! Sem esquecer os folhinhos e os cabelos pela cintura.

Hoje eu pergunto-me: eu seria uma pessoa diferente, mais estável, mais segura, com menos dúvidas que, constantemente invadem o meu espírito, se a minha Mãe não tivesse tentado forçar o meu destino, querendo dar-lhe um sentido inverso?

55 comentários:

Olinda Melo disse...


Ai, esta vida é feita de tantas perguntas para as quais nem sempre se encontram respostas. Querida Mariazita, construíste uma bela história contendo outras tantas dentro. E é assim, o ser humano é, muitas vezes, um autêntico puzzle. O importante é termos a sabedoria suficiente para encaixar as peças de modo a que cada um de nós encontre o seu quinhão de felicidade.

Espero que estejas a passar uma belas férias.

Beijinhos

Olinda

Elvira Carvalho disse...

Muito interessante o seu conto. Temos sempre tendência para nos querermos "vingar " de alguma coisa que os nossos pais fizeram que não nos agradou.
Um abraço e uma boa semana

Portugalredecouvertes disse...

os pais não são deuses, não é Mariazita :)?
seguimos o teu conto com muita curiosidade e no final ficam ainda muitos ???
beijinho amiga
uma feliz semana para ti
Angela

Anónimo disse...

Nina minha
Um final até certo ponto inesperado que, vindo de ti, não me surpreende, já que é uma característica das tuas capacidades de escritora terminar os seus escritos com uma interrogação final, deixando ao leitor a faculdade de imaginar o que lhe parecer melhor.
Estou a lembrar-me concretamente do final do teu primeiro livro, em que o leitor terá que deduzir se o padre estava ou não no cemitério… Quanto a mim um final extraordinário!
Uma outra característica tua que, não posso deixar de realçar, é o facto de “encaixares” sempre um “recadinho” em algum ponto. Neste caso, a descrição do que a “heroína” faz na rede social, ciando um perfil falso, fazendo-se passar pelo que não é… pode ser motivo para reflexão, e um alerta para os problemas das redes sociais.
Para não me alongar, direi que este teu conto é excelente!!!
Numa classificação de 5 a 10 dou-lhe… 15! 
Deixo-te esta pontuação acompanhada de todo o meu Amor fraternal.
Teu
Miguel

Graça Pires disse...

Muito bem contada, esta história. Com interesse. Sem preconceitos. Actual. Reflexiva.
Parabéns!
Uma boa semana.
Beijos.

chica disse...

Conto maravilhosamente bem escrito onde colocas o leitor dentro de teus questionamentos! Boa leitura ! Linda semana, beijos, tudo de bom,chica

Pedro Coimbra disse...

Acho que o namorado vai ter uma grande surpresa.
Que eu não gostaria de ter, confesso.
Beijinhos, boa semana

O Árabe disse...

Vívido e intenso relato, Mariazita... mas quantas e quantas pessoas não compartilham as dúvidas da tua bem-construída personagem? Eis um campo em que admitir a verdade sobre si mesmo ainda é tabu! Bem-vinda de volta, boa semana.

Mari-Pi-R disse...

Situaciones en las que uno se puede encontrar y como uno va a reaccionar si siente un amor de amistad.
Un buen regreso a tu espacio.

Graça Sampaio disse...

História assaz interessante, Mariazita!!

Beijinhos e bons momentos de escrita.

Daniel Costa disse...

Querida Mariazita
Tens muito jeito para apresentar as tuas histórias de vida, tendentes a trazer preso o leitor, como me tem acontecido, ao mesmo tempo que continuo a aprender com o gosto por biografias.
Beijos

Emília Pinto disse...

Confesso que não esperava esta atitude da menina que desejavam tivesse nascido menino. Não sei se estou certa, mas creio firmemente que as opções sexuais não são propriamente opções; penso que a natureza errou quando uma criança nasce com corpo feminino , mas se sente homem e vice versa. Se assim não fosse como se entenderia que numa familia houvesse vários filhos e um deles fosse homosexual ou lésbica? Não foi educação nem influência. Mas... é só o que penso e não tenho qualquer certeza do que disse, Claro que esta mãe errou e a filha, se de facto constituir familia com certeza irá cometer o mesmo erro de tão traumatizada que ficou por não ter podido usar lacinhos, folhos e cabelos compridos. Imagina se ela tiver rapazes? Uma coisa é certa. A atitude da mãe prejudicou-a muito, mas não saberei dizer se isso terá influência na orientação sexual dela. Muito bom o conto, com um assunto complexo que traz a todos muitas dúvidas . Dúvidas é normal que traga, o que não é desculpável é que induza a preconceitos . São seres humanos e isso é o que deve importar. Beijinhos, amiga!
Emilia

Maria Glória disse...

Olá Mariazita, boa tarde.
Eu gosto imenso de contos e livros que terminam com uma pergunta. Acho excelente a gente pensar que há um universo de possibilidades e que a resposta é o que menos importa.
A vida é uma riqueza e o que pode parecer uma dúvida para uns, pode ser uma experiência maravilhosa para outros.
A história é atual, rica em detalhes, com mensagens oportunas entre as linhas e com um encerramento livre, leve e inteligente.
Querida amiga, desejo a continuidade de ótimos dias, doces e ensolarados, deixando aqui, o meu beijinho e forte abraço.

Sotnas disse...

Prezada Mariazita, após ler este teu belíssimo e muito bem elaborado conto, penso cá comigo mesmo, que quem mais esteve errado neste conto foi a mãe da bela menina que mesmo antes da filha nascer desejava que fosse menino, e não contente com a decisão da natureza ainda insistiu em cria a filha feito um filho. Já a menina, seguiu a sua natureza, assim como a natureza a criou, seguiu sendo a bela manina que nasceu e se tornou uma bela mulher. Vivendo todos os sentimentos que tem uma mulher, penso eu de acordo com o relato, demonstrando que ser não é apenas demonstrar, mas, sentir seu ser com toda a intensidade que a vida exige de cada ser. Grato por compartilhar tão belas histórias nesta tua casa deveras encantadora, abençoados dias pra ti e todos em volta, abraços!

Berço do Mundo disse...

Caramba, o conto deu uma reviravolta inesperada. Não me parece que a forma da mãe a vestir fosse assim tão determinante. A minha mãe teimou em cortar-me o cabelo à rapaz, por ser muito encaracolado e difícil de pentear, até eu ter idade para decidir o contrário. Não foi por isso que não abracei a feminilidade.
Posto isto, se um dia tivesse uma menina ia, definitivamente, enchê-la de laços e vestidos. Pelo menos enquanto ela deixasse!
Beijinho, bom regresso
Ruthia d'O Berço do Mundo

Catarina H. disse...

Muito interessante este seu conto. Ainda não tinha lido as outras partes e tive que ir a correr lê-las. Parabéns, conseguiu criar um enredo interessante, com voltas e reviravoltas.
Beijinhos

Existe Sempre Um Lugar disse...

Bom dia, sua criatividade encanta, sinto-me atraído pela suas criações, gostei de ler o muito bem escreveu.
resto de boa semana,
AG

Amélia disse...

Olá Mariazita.
Tendo gostado muito de ler os contos anteriores,fiquei com curiosidade de ler o ultimo.
Confesso amiga que fiquei encantada com a sua criatividade.
Bom fim de semana :-)

Lilazdavioleta disse...

Muito interessante este conto , e sobretudo debruçado sobre o tema ,que para muitos ainda é tabu , com muita leveza ,sem retórica e um final opcional .
Gostei .

Parabéns !

Beijinhos , Mariazita , e bom fim de semana ,
Maria

Jaime Portela disse...

Acho que ninguém sabe ao certo se o ambiente em que as pessoas são criadas produzem algum efeito ou até são determinantes na sexualidade.
O que sei é que este teu conto é muito bom. Gostei do tema, nomeadamente como o abordaste, e da narrativa.
Mariazita, tem um bom fim de semana.
Beijo.

Unknown disse...

Amigos meus e da Leninha: apenas para agradecer por todas as demonstrações de afetividade manifestadas no seu blog e pela solidariedade a mim e toda a nossa família.
Estamos bem, dentro do possível. A Leninha postou uma mensagem lá no seu espaço, e quero dizer que ela visitará a todos oportunamente, apenas o tempo de se organizar nesta nova vida que a espera.
Nosso carinho a todos, e nossa gratidão a cada um.
Aninha

Ariel - El Vikingo Dark disse...

Ola Mariazita, boa noite,
que bonito,
um conto maravilhoso!
você é uma mulher muito talentosa.


Desejo-lhe um ótimo fim de semana
um beijo grande

Minhas Pinturas disse...

Ola Mariazita gostei muito de seu conto, o ultimo capitulo foi esperado e surpreendente.
Com certeza o que ficou na mente e no coração da menina, que queriam fosse menino, foi uma grande mágoa, e muitas dúvidas sobre sua sexualidade, e somente com muita análise vai ser resolvida esta questão.
O importante é que sua história mostra todo seu talento.
Parabéns
beijinhos, Léah

SOL da Esteva disse...

É um Conto,(li os três Post's duma só vez) mas de uma oportunidade gritante. Há desvios na sexualidade que são(foram) fruto de alguma "preferência" educacional.
Se o bom senso estiver presente, sempre, e o demais da formação for formal, a sensibilidade e o respeito por si mesm@ sobressaem. Parece ser este o caso.
Fazes um bom trabalho e muita gente se irá questionar sobre como fez ou está fazendo (ainda) acerca do tema.
Parabéns, Mariazita.
Que o que resta de Férias seja frutuoso e bom.

Beijo
SOL

Ceciely disse...

Un cuento lleno de sabiduría y aprendizaje. Me ha encantado.
Que tengas un feliz domingo Mariazita.
Abrazos.

O Árabe disse...

Boa semana, amiga; aguardo o próximo post!

Bergilde disse...

Escrita extraordinária,densa e rica de detalhes portando o leitor para uma reflexão mais profunda sobre a complexidade que envolve as descobertas e escolhas no campo da afetividade...Bom voltar ao blogspot e me atualizar com seu trabalho aqui apresentado,beijos Mariazita!

Kasioles disse...

Querida amiga: Me has tenido enganchada en la lectura de tu texto hasta el final.
Por el libro que acabas de publicar, yo ya conocía tus extraordinarias dotes de escritora, pero este tema engancha y has sabido llevarlo muy bien. Me ha encantado.
Tus genes son los que te definen como mujer, como una gran persona que ha sabido amar, vivir y para completar, tiene el don de saber escribir y llegar a los corazones de los lectores.
He regresado de mis largas vacaciones, os echaba en falta y quería volver.
Seguiremos en contacto. ¿Qué sabes de Miguel? Le deseo todo lo mejor, dile que me encantaría que volviese a escribir y se animara. Dale saludos de mi parte.
Cariños en el corazón.
Kasioles

Tais Luso de Carvalho disse...

Olá, Mariazita, conto muito interessante e contado sem preconceitos, até com certa leveza. O problema da história foi da mãe, jamais da filha. Esta saiu-se bem, um pouco conturbado no meio do campo, mas resolvido. E esse tipo de mãe existe muito. Tais problemas existem e são resolvidos de muitas maneiras, até àquelas que que viram o fio. Porém viram se já têm alguma tendência. Mas nada discrimino, as diferenças podem ser aceitas. Na vida, o que menos se vê são as coisas exatas, perfeitas.
Parabéns, pela criatividade.
Um beijo!

franciete disse...

Olá minha doce amiga, tudo bem...espero que sim, então a saga chegou ao fim e a cada palavra dá sempre vontade de ir mais além.
Cada um de nós deve aceitar as diferenças sejam elas de que natureza for, Deus quando criou o mundo povoou-o sem preconceitos e nos fez todos iguais todos diferentes, mas aí... que jamais alguém tente apontar o dedo, pois ele disse não apontes o dedo pois ao fazê-lo terás sempre três apontados para ti.
Então amai-vos uns aos outros como eu vos amei...que pena tão poucos de nós seguimos os ensinamentos dele seria um mundo melhor se o fizesse-mos.
Votos de um feliz final de semana com beijinhos de luz e paz.

Gracita disse...

Querida Mariazita
Que Deus esteja sempre ao seu lado, e que chuvas de bençãos caiam sobre a sua vida! Feliz Aniversário!
Um beijo com imenso carinho,
Gracita

Marina Filgueira disse...

¡Hola Mariazita!!!

Primero felicidades por tu aniversario y, mi enhorabuena por este fantástico relato que has plasmado magistralmente con pelos y señales, con más claridad que el agua de una fuente. Mi aplauso prolongado, mujer sincera y valiente, me ha encantado leerte.

El mundo está compuesto por seres humanos con distintos pensamientos y orientaciones sexuales que todos debemos respetar, aún queda mucho por comprender, pero poco a poco se llegará a aceptar tal como son porque todos somos iguales.
En mi caso lo tengo bien asumido conozco algunos/as y sé que son muy buena gente, pues tienen un corazón de oro; mejores que otros que dicen ser muy machos.
Sé que aún hay personas que les cuesta más y los maltratan física y síquica mente. Mas el mundo va avanzando mucho en estas cuestiones.

Bien, amiga: ha sido un inmenso placer pasar por esta tu casa.
Te dejo mi inmensa gratitud y mi gran estima.
Un abrazo y se muy -muy feliz.

Maria Rodrigues disse...

Uma história interessante, magnificamente contada e que nos leva a refletir como as nossos ideais como pais, podem afetar tão fortemente a personalidade dos filhos.
Aproveito para lhe desejar um Feliz Aniversário. Que as estrelas do universo iluminem sempre o seu caminhar.
Beijinhos
Maria

O Árabe disse...

Boa semana, amiga; aguardo o próximo post.

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá Mariazita! Parabéns pelo teu aniversário e que DEUS te abençoe e te proteja sempre.

Não acredito que o gostar disso ou daquilo seja objeto de influências. Acho que vem de berço. belo conto amiga.

Abraços,

Furtado.

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá Mariazita,
Como sempre, aqui encontro histórias bem contadas, como esta.
É sempre muito bom vir a este simpático espaço.
Abraço.
Pedro.

Portugalredecouvertes disse...

Mariazita
de passagem pelos blogues dos amigos e amigas
deixo-lhe um abracinho neste dia feriado de 5 de outubro que voltou a ser um dia de descanso e que sabe muito bem a meio da semana!
até amanha
Angela

M. disse...

Mariazita, que delícia de conto/capítulo!!!
O amor deve ser livre, mas há sempre tantos condicionalismos!
Beijinhos e um excelente Outubro :)

Carmen Silza disse...

Un cuento genial, he disfrutado leyendolo, mi felicitación querida amiga por tu sabiduría.
He estado de vacaciones, y durante el descanso no he editado no visitado ningún blog. Ahora estoy visitado poco a poco a todos.
Gracias por tu comentario Mariazita.
Un gran abrazo corazón

Carmen Silza disse...

Un cuento genial, he disfrutado leyendolo, mi felicitación querida amiga por tu sabiduría.
He estado de vacaciones, y durante el descanso no he editado no visitado ningún blog. Ahora estoy visitado poco a poco a todos.
Gracias por tu comentario Mariazita.
Un gran abrazo corazón

Jaime Portela disse...

Passei para ver as novidades, mas vejo que ainda não voltaste.
Mas eu volto sempre...
Mariazita, tem um bom fim de semana.
Beijo.

Unknown disse...

Aos amigos queridos: deixei um pequeno mimo no meu blog como agradecimento por toda a solidariedade que recebi nestes tempos tão difíceis.
Quando puderem, por favor, passem por lá!
Meu carinho a todos!
Helena

Ana Freire disse...

Pois a história de alguém que se resolveu a si mesmo muito bem... apesar das circunstâncias e recordações do passado, lhe terem deixado algumas dúvidas...
Gostei imenso, Mariazita! Uma história, que nos leva a reflectir, sobre como as acções de outros, ou as suas expectativas em relação a nós, tem a sua influência na nossa maneira de ser e pensar... muitas vezes ao longo de toda uma vida...
Beijinho! Bom domingo!
Ana

Hilda's Bordados disse...

Boa Tarde Mariazita querida, vim bordar um recadinho na sua página desejando-lhes um bom domingo acompanhado de amigos e familiares.
Amigos, não foi dessa vez que consegui uma vaga na câmara dos vereadores de BH, mas recebi votos que me alegraram muito e que me deram força para continuar com meus projetos sociais e continuar na política para ajudar a melhorar a situação de onde moramos! Por isso agradeço por todo apoio e aviso-lhes que precisarei sempre da força de vocês! Agradeço imensamente pelas palavras de carinho que deixaram na minha página!
Fiquem com Deus!
♥Hilda's Bordados♥
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Rosana Martí disse...

Mi querida amiga. Hay que ser honestos con nosotros mismos y a la vez con las personas que nos rodean, sobre todo las que tenemos un gran aprecio.

Te mando un cálido abrazo lleno de mi cariño y amistad.

Feliz semana!!

O Árabe disse...

Boa semana, Mariazita. Aguardo a próxima postagem!

O Árabe disse...

Continuo aguardando, amiga; boa semana!

O Árabe disse...

Continuo aguardando, amiga; boa semana!

Jaime Portela disse...

Fico à espera de novo post, minha amiga.
Mariazita, tem uma semana feliz.
Beijo.

A Casa Madeira disse...

Há influências de todos os lados,
mas cabe só a nós seguir-mos os nossos desejos.
Boa continuação de semana.

Duarte disse...

Mas que aventura! Nada aconselhável. Pelas possíveis consequências.
O importante, que sejas feliz.
Abraços de vida, querida amiga

Odete Ferreira disse...

Que conto tão curioso a suscitar a reflexão sobre a reflexão sobre as questões que nele formulaste.
Na minha opinião, a educação formatada de alguma forma. Mas, nos dias de hoje, já não condiciona para a vida. Felizmente!
Parabéns!!!
BJ, amiga :)

Odete Ferreira disse...

Correção: não considerar a repetição de "sobre a reflexão"

Ana Tapadas disse...

Somos tudo isso e o caminho nos moldou...

Gostei de ler!

Beijinho

Beatriz Bragança disse...

Querida Mariazita
Se... e se....como tudo seria(ou não) diferente!
O certo é que, a sua história está fabulosa! Diferente de tudo quanto estamos habituados a ler talvez por causa de certos tabus, quem sabe?
Gostei imenso.
Parabéns.
Um beijinho
Beatriz