quinta-feira, 14 de março de 2013

COMEMORANDO TRÊS DATAS

DIA INTERNACIONAL DA MULHER
  
Comemorou-se há seis dias o «Dia Internacional da Mulher».
Acredito que actualmente muito poucos serão os que ignoram o significado deste dia e a sua origem.
Relembremos apenas, de passagem, que o seu início teve origem no tristemente famoso incêndio numa fábrica de tecidos de Nova Iorque, no qual morreram queimadas cerca de 130 operárias.
Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de Setembro de 2001.
Mas como a história é por demais conhecida, prefiro partilhar convosco um texto alusivo à Mulher, de que gosto imenso.

UMA GRANDE MULHER

Uma grande mulher para mim é, acima de tudo, feliz alto astral, de bem com a vida.
Não que ela não carregue fardos, muitas vezes pesadíssimos, mas há nela uma luminosidade até na adversidade, junto a uma sábia compreensão dos fatos.
Passa pela dor com aprumo, não se faz de vítima, não aporrinha os outros com queixas e lamúrias sem fim.
Cultiva amizades verdadeiras, sabe interagir com seu companheiro e valorizá-lo, quando o tem, mas não se aniquila por não tê-lo.
Uma grande mulher se gosta e se valoriza, sem tornar-se escrava das cirurgias plásticas, das roupas de griffe, do eterno culto à beleza que, ao final das contas, não vão driblar o tempo, só enganá-lo e enganá-la. Antes, investe numa elegância que vem de dentro, doce, flexível, humanitária.
Uma grande mulher torna-se exímia no caminho que escolheu e é inteligente o bastante para reconhecer que pode mudar de lugar e de rumo sempre que sentir que seu viver não confere com os anseios de seu coração.
Uma grande mulher prefere morrer a se render à convivência com quem, reiteradamente, a diminui ou a desvaloriza.
Ela sempre luta para abrir seu espaço, nem que esse espaço fique nas coxias ao invés da luz dos refletores.
Para uma grande mulher isso não importa. Ela só quer crescer e avançar a seu modo. Jamais a impeçam de ser ela mesma.
Tenho visto grandes mulheres nos cargos mais importantes e nos cargos mais humildes, de catadoras de lixo até grandes executivas. São laboriosas sempre, mas não abrem mão do que lhes traz alegria e prazer, dentro de suas possibilidades.
Se patroas, são justas e solidárias; se empregadas, são leais e dedicadas; se profissionais liberais, são éticas.
Uma grande mulher tem os pés bem fincados na terra, mas alguma coisa dentro dela sempre está olhando para o céu.
Pode parecer utopia, mas não é.
Tenho conhecido muitas mulheres assim. Observo suas vidas em silêncio e fico pensando:
- Um dia eu ainda chegarei lá!
Fátima Irene Pinto
02.03.2012 Descalvado - SP


Fátima Irene Pinto, nascida em Pirajuí, S. Paulo, a 17 de Agosto de 1953, é uma poetisa brasileira, formada em Letras.
Jornalista, professora, musicista e coordenadora de concursos de poesia, dela disse o poeta catarinense Solange Rech:
"De tempo em tempo, aqui e acolá, a natureza nos brinda com pessoas muito especiais. Fátima Irene é uma dessas raridades…”
DIA DO PAI

No próximo dia 19 comemora-se, em Portugal, o «Dia do Pai».
Talvez não tão conhecida como no caso do «Dia Internacional da Mulher», também a sua origem tem sido bastante divulgada, especialmente nos últimos anos.
O primeiro registo que existe referente ao “Dia do Pai” foi feito na antiga Babilónia, há mais de quatro mil anos.
Contudo passaram-se muitos séculos até que as homenagens ao Pai se tornassem um evento oficial.
Há quem defenda que o facto ocorreu, pela primeira vez, nos Estados Unidos, em 19 de Junho de 1910. Esta data era próxima do aniversário de William Jackson Smart, um veterano da Guerra Civil, que criou seis filhos sozinho depois que a esposa morreu no último parto.
Uma das filhas de William, Sonora Louise Dodd, pediu à igreja local que criasse um dia para homenagear a coragem e dedicação do pai dela e dos pais em geral.
Mas só em 1966 o presidente Lyndon Johnson proclamou o terceiro Domingo de Junho como o Dia do Pai, data que se mantém até aos dias de hoje.
No Brasil, com o nome de «Dia dos Pais», é comemorado no segundo Domingo de Agosto, enquanto que Portugal segue à risca a tradição católica, celebrando-o no dia 19 de Março, dia de S.José, pai (de criação) de Jesus Cristo.


 
DIA DE PÁSCOA

Páscoa, do hebraico “Pessach”, significa Passagem, evento religioso cristão, considerado pela Igreja como a maior e mais importante festa da cristandade.
Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação, que terá ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 dC.
A Páscoa ocorre, normalmente, entre 22 de Março e 25 de Abril.
Em Portugal – e não sei se em outros países – ainda há freguesias em que se realiza o Compasso Pascal.

 
Trata-se de uma tradição cristã que consiste na visita casa a casa – de quem a quiser receber – de um pequeno grupo de paroquianos, acompanhados ou não do seu pároco, transportando um Crucifixo de Cristo, como celebração pela Sua Ressurreição.
Esta Visita Pascal realiza-se no Dia de Páscoa. Entrado o cortejo numa casa, e depois de uma bênção inicial, os habitantes da casa visitada beijam a Cruz de Cristo em sinal de adoração.
A esta tradição associaram-se diferentes formas de receber essa visita. Algumas casas oferecem aos visitantes doces da quadra pascoal, como folar, amêndoas, confeitos… e, nas casas mais afortunadas, até é oferecido um copinho de vinho do Porto ou licor caseiro.
  
 
(Freguesia de Guisande-Stª.Maria da Feira)

Em muitas freguesias é habitual a garrafa de espumante.  Ela é vista como uma forma de confraternização entre os membros da comunidade paroquial.
Por vezes a Visita Pascal é aproveitada para oferta de donativos pecuniários à paróquia, especialmente nas freguesias em que os seus membros usufruem de “serviços paroquiais” grátis.
 
Com a desertificação do interior e consequente diminuição da população, esta e outras tradições acabam por se perder.
Isto é lamentável na medida em que estes costumes fazem parte do património cultural de um povo, transmitido de geração em geração, até aos dias de hoje.
São, pois, de louvar e apoiar todas as acções no sentido da preservação de tão importantes manifestações dos hábitos antigos.